Pensei muito se escreveria isso ou algo ou qualquer coisa que possamos nominar esse amontoado de singelas palavras, porque ultimamente parece que elas têm sido invisíveis para você.
Eu, depois de muito refletir, pensar, martirizar, e todos os verbos possíveis utilizados para descrever o ato de confabular pensamentos a respeito de um mesmo assunto, percebi que não adianta eu digitar um TCC de motivos que me levam até você e das razões pelas quais eu te amo sinceramente e se eu não te provar da forma que não só o seu, mas sim, nossos corações anseiam, como você continuará impenetrável.
Eu tracei um roteiro de coisas que eu faria caso estivéssemos juntas e aqui, porque sua realidade foge de qualquer pensamento que eu posso vir a ter, e para isso eu fiz coisas bem simples que eu não faria em um feriado comum por motivos de querer dormir e ver seriado o dia inteiro, então comecei me arrumando de um jeito que me sentiria confortável e apresentável para estar contigo, e o resultado foi esse:
Aqui está friozinho e imagino que aí nem tanto, o que possibilita um casaco tranquilamente. Tranquilamente, como tudo é aqui. Tranquilo, pacato, sereno, provinciano. Saí de casa e as ruas estavam movimentadas, não porque a cidade oferecia algo, e sim, porque todo mundo quer um feriado prolongado para ir "ver os parentes de Minas". Aliás, até os meus estão aqui, afrontado meus TOCs, fazendo barulho, comida e rindo. Vocês gostaria deles, pois, de um jeito bizarro eles gostam de você e perguntam por você.
No meio da tarde fui atrás de algo mais próximo a um bolo possível, porque como eu te disse, a cidade não tem nada a oferecer, para dizer que não tem nada, tem uma mercearia de mercenários aberta, e isso nem tem nada a ver com Tiradentes ser mineiro e ocorrer uma mobilização em luto pela personalidade. Não. Aqui é assim e acho que isso é o que as pessoas que moram aqui procuram. Uns ou outros destoam, tipo eu, mas essa sou eu divagando...
Cheguei até uma creperia, e pedi um crepe francês de chocolate com morango, olha:
Essa seria a melhor opção do dia, além de um açaí, óbvio, mas não quis soar clichê.
Na volta, tirei uma fotona da porra, inerte no ponto de ônibus e novamente mentalizei você, afinal ela é ordinária para qualquer um, mas você provavelmente veria a beleza nela:
Chegando em casa, rolou uma comida chamada Arado, já ouviu falar? Ela é bem comum entre caminhoneiros e mineiros, consiste numa mistura de carnes de várias qualidades, tempero, molho inglês e arroz. Basicamente é uma tradição quando reúne nossa família além da famigerada Feijoada.
Quando todos se foram para minha avó, eu coloquei uma música em alto e bom som na TV, a que mais exprime o que eu queria te dizer:
Sinceramente você pode se abrir comigo
Honestamente eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei
Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou
Nesses últimos sete anos essa data tem sido assim, longe do seu lado. Pode parecer que eu não sinto muito, mas só parece. Pode parecer secundária, coadjuvante, comum e qualquer adjetivo que você possa imaginar para se descrever na minha vida, mas não é, afinal, quem determina o seu papel e importância no meu coração sou eu e felizmente isso é algo que apenas eu tenho controle.
Você pode nem ler isso, ou ler depois de muito tempo... Você pode nem ter esperado nada de mim, ou pode e se decepcionou... Você pode simplesmente ignorar... Você pode qualquer coisa, porque a principal e que mais me atingiria e atinge, já está acontecendo: tu não tá aqui e nem eu aí. E não tem palavras, nem remédio e não tem cigarro, que acalme o diabo de pensar o que a gente podia ser juntas.
Olha pra mim, não foi à toa que eu cheguei a ti, se a essas ruas sobrevivi e nessas praias longe de ti eu não me afoguei foi só porque tinha algo a dizer pra você... Feliz Aniversário. 23 primaveras. 23 verões. 23 outonos, 23 invernos. 23 Rafaella's. Cada uma numa melhor versão que a anterior. Parabéns, mor. Por ser incessantemente melhor que já era. Pela oportunidade cósmica, divina de pertencer a esse mundo, ele não seria nada sem você mesmo... Obrigada, por ser SUA mulher, o que eu tenho é sorte de ficar perto de você, não propriedade. Contigo aprendi o que é ter uma verdadeira amizade. Verdadeira mesmo. Aprendemos juntas, como tantas outras coisas juntas, fizemos outras tantas que não são passíveis de enumeração. É fácil chegar à conclusão que eu sempre vou querer ter você na minha vida. E, juro, vou tentar não ser egoísta a ponto de te querer só pra mim, como eu já quis. A sua luz é imensa e as outras pessoas merecem ter suas vidas iluminadas por ela.
Sempre vão me faltar as palavras certas pra te dizer, mas isso não significa que não te direi-as muitas, por mais infiéis aos meus sentimentos que elas sejam. Você faz parte de mim, sinto que estou em casa independente de onde eu esteja desde que eu consiga me conectar a você.
Eu só desejo nesse aniversário que você saiba administrar seu sucesso, porque de uma forma ou outra, ele virá.
Feliz Ano Novo para você neste seu Réveillon particular. Eu te amo. Intamanhavelmente.
Sempre ansiosa por um abraço,
Isa.
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